"Pensaram que eu era Surrealista, mas nunca fui. Nunca pintei sonhos, só pintei a minha própria realidade"
O Centro Cultural de Belém vai receber, a partir de 24 de Fevereiro, a maior e mais completa exposição sobre Frida Khalo realizada nas últimas décadas.
Depois de ter passado pela Tate Modern de Londres e pela Fundación Caixa Galicia, em Santiago de Compostela, cabe a Lisboa receber as 26 obras provenientes do Museu Dolores Olmedo, no México, onde se encontra a mais importante colecção mundial da pintora mexicana.
Passados 51 anos sobre a sua morte, a pintura de Frida Kahlo (1907-1954) continua a despertar o interesse do público devido à sua arte controversa e à história da sua vida, marcada por amores difíceis e pelo sofrimento físico.
Entre 1926, quando pintou o primeiro auto-retrato, e a sua morte, quase 30 anos depois, Kahlo produziu cerca de duas centenas de quadros.
A relação amorosa com o muralista mexicano Diego Rivera despoletou o lançamento da sua carreira, mas a autodidacta Frida Kahlo viria a consolidar a sua obra e a tornar-se a pintora mexicana mais conhecida em todo o mundo, conseguindo expor os seus quadros, ainda em vida, no meio artístico de Nova Iorque.
A obra de Kahlo foi influenciada por uma época de grande ebulição política e social, mas ficou marcada sobretudo pela dramática vivência pessoal, transformada em tema principal dos quadros que pintou.
Frida Kahlo sofreu um acidente de viação, aos 18 anos, quando ia para a escola de autocarro, que a obrigou a ficar imobilizada durante a maior parte da sua vida. Foi alvo de diversas operações, não conseguiu ter filhos, como muito desejou, e padeceu sempre de dores fortes.
Amante da cultura tradicional mexicana, em especial do mundo Azteca, Kahlo descreveu a sua existência muito criticamente, através da figuração e de cores intensas.
Entre as obras apresentadas no CCB, destacam-se quadros como "A Coluna Partida" (1944), "O Camião" (1929), "Unos Quantos Piquetitos" (1935), "Hospital Henry Ford" (1932) e "Auto-Retrato com Macaco" (1945).
A exposição incluirá também uma colecção de fotografias e objectos pessoais, pertencentes ao Museu Dolores Olmedo, que oferecem um registo da vida da artista desde a infância até à sua morte. A exposição, que ficará patente até 21 de Maio, será apresentada no Centro Cultural de Belém à comunicação social, na quarta-feira, por Carlos Phillips Olmedo, director do Museu Dolores Olmedo.
" Lusa"
Livros(três dos meus preferidos) :
Frida Kahlo: Uma vida - Jamis, Ruda - Colecção: Serpente Emplumada
Editor: Quetzal
É uma biografia (antes de conhecer a artista, li este livro e gostei muito, o que me levou a conhecer a sua obra, a do Diego Rivera e a de todos os artistas e amantes que a rodearam. A história desta mulher é incrível, quer gostemos ou não da obra pictórica).
Diary of Frida Kahlo: an Intimate Self-Portrait, The ( Introduction by Carlos Fuentes/ Essaysand Commentaries by Sarah m. Lowe) - Kahlo, Frida
Editor: Abradale Press
É o seu diário com desenhos.
Frida Kahlo
Editora:Taschen
Existem ainda muitas outras edições sobre esta pintora.